terça-feira, 17 de março de 2009

Terça-feira

Terça-feira. Por si só, um dia caótico. A impressão que tenho é que toda terça todo mundo sai de casa. Hoje foi mais um dia assim. Logo pela manhã, muito trânsito. Metrô? Reze para ficar encostado na porta, caso contrário.. bem, quem frequenta ‘coletivos’ sabe. Já previa um dia daqueles. Stress do começo ao fim. Inclusive agora, enquanto escrevo e mal consigo escutar a televisão, pois o barulho das buzinas é bem mais alto. Ó vida..

Durante o almoço, um momento de paz. Logo após, fila para pagar. Saio do recinto e..chuva! Corre moleque!! Ok, encontro um lugar seguro para ficar, mas já é tarde, hora de voltar ao escritório.

O dia não passa. Olho no relógio cerca de 137 vezes na última meia hora, apenas reparando que a chuva apertava e que, em poucos minutos, eu estaria molhado. Dito e feito. Saí correndo do prédio e proporcionei uma das cenas mais bizarras, qual espero e torço que poucas pessoas tenham visto. Corria em um sentido e vi, de longe, um cara correndo no sentido contrário, mais ou menos uns 50 metros à frente. Do meu lado esquerdo, mais duas pessoas, na metade do caminho, que estavam andando. Senti que a calçada ficaria apertada naquele ponto, onde tem uma banca ocupando um belo espaço. Movi para minha direita e o cara que vinha correndo para sua esquerda. Mudo, então, e vou para minha esquerda, mas o infeliz também resolve mudar. Não vendo solução, resolvo sair para o lado das pessoas andando. Quero ressaltar que estava em alta velocidade. Vou aproximando, e sinto que não vai ter jeito. Grito, num ato ridículo: “Vou bater, vou bater”, e as duas pessoas param. Eu, então, praticamente derrubo um sujeito, que no mínimo deve ter pensado que eu tinha algum problema sério. Em minha defesa, se eu tentasse parar iria cair como..bem, para ser simpático, como lixo. Desculpei-me, envergonhado, e todo molhado, continuei correndo até entrar no metrô, que nesta altura estava duplamente abarrotado.

Enquanto lembro daquele cena, que chega a dar vontade de rir e chorar ao mesmo tempo, penso que hoje foi um dia realmente chato e atípico. Porém, como pimenta nos outros é refresco, uma desgraça alheia me fez pensar que às vezes reclamamos de boca cheia. Eis que, com todo este engarrafamento e pontos de alagamento, liguei para meu primo e fiquei sabendo que o coitado estava exatas três horas no mesmo local. Segundo ele, o máximo que tinha movido o carro foi “um pouco para esquerda, para dar passagem à ambulância”.

E quando ele me liga, neste exato momento, para dizer que, após quatro horas, o trânsito começa a fluir e ele ‘já’ andou mais de um quilômetro, agradeço aos céus por já estar em casa, ainda que seja ouvindo este buzinaço lá de fora. E pensar que ainda estamos na terça..

2 comentários:

  1. Imagino a cena você correndo e gritando vou bater, vou bater!!! hahaha deve ter sido engraçado! Bora tomar uma cerveja esses dias? Sabe o que reabriu? A JIVE!!! demorou né?
    amei o blog!!! aleluiaaaaaaaa!
    beijo

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  2. Zizinhaaa...saudades!!!
    foi bizarra a cena, sorte que tinha uma banca entre a calçada e a avenida, assim pouca gente viu ehehehe
    Vamo sim..da um salve...valeu!bjaooo

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