sábado, 7 de fevereiro de 2009

Alô Psiu!

Há duas semanas, saí em um sábado à noite, procurando um barzinho bacana. Fazia um tempo que não saía de casa muito tarde para tentar arrumar um lugar pra ir, algo que fiz minha adolescência inteira.Quase sempre, procurava qualquer bar não sofisticado (leia boteco), que pudesse tomar uma cerveja, sossegado. E sair antes da meia-noite, nem pensar. Nada tinha começado. Raras vezes de carro, já que eram praticamente intransitáveis as ruas dos bairros que tinham badalações.

Bem amigos – sem alusão ao Galvão – os tempos mudaram mesmo, na capital paulista. Entrar em um bar depois da meia-noite por onde sempre andei é quase missão impossível. Tudo está fechado por lá. Trânsito?Nada. Para não passar batido, um pequeno congestionamento em uma rua. O que aconteceu??Lei seca, psiu?Sinceramente, não tenho certeza. O que sei é que as ruas estavam um cemitério.

De qualquer modo, arrisquei. Parei em um barzinho, com cara agradável e tomei a portada na cara. “Desculpe, nossa cozinha já fechou, e ninguém entra mais”. Olhei no relógio. Não era 1 da manhã ainda. Desacreditei!

Mantive a esperança e parei o carro em uma rua com diversos bares e restaurantes. Fechado, fechado, aberto sem uma alma viva, fechado. Arrisquei ainda uma lanchonete, mas foi só encostar o carro para ver os manobristas fazerem aquele gesto com os braços, como quem diz “por hoje, já era, perdeu”.

Sem opções e já passado das duas da manhã, apelei para o Mac (com certeza minha última opção para a noite) e comi um lanche. Picionante!

Pensei no dia seguinte o que poderia ter acontecido. Seriam as férias?Ainda estávamos em janeiro. Já sabia que o bairro onde moro tinha mudado de estilo, mas ao redor realmente foi uma surpresa, e não das mais agradáveis, diga-se de passagem.

Depois dizem que ninguém está feliz e sempre quer o que não pode ter. Mas, convenhamos, antes tínhamos muitas opções, mas não podíamos transitar. Agora as ruas estão livres, excelente para dirigir, mas as opções escassas. Será que é tão difícil unir o útil ao agradável? Os boêmios agradeceriam, e eu também..

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