quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

João Ranheta

É oficial, estou resfriado. Jurei pra mim mesmo que era só uma alergia, mas hoje tive a certeza que estou com gripe. Fiquei o dia inteiro levantando de minha mesa e me dirigindo até o banheiro. Existe coisa mais chata (e nojenta) que ficar fungando o tempo todo?

Isso me faz lembrar duas passagens. Em uma, eu estava fazendo uma prova de vestibular, e o cara atrás de mim ficou, digamos, puxando o muco, durante as duas horas que fiquei na sala. Pensei que poderia ser até uma tática para desconcentrar os concorrentes, afinal, quem não ficaria irritado com tal hábito, mas não tenho certeza de que ele realmente tenha usado isso como um artifício a seu favor.

Outra coisa que lembrei por estar resfriado é a história de um menino que vou chamar de João. João estudava no mesmo colégio que eu, e era um pouco mais velho. Não havia um, isso mesmo, um dia em que João não chegasse com seu nariz escorrendo e assim permanecesse durante todo período escolar. Com frequencia eu o observava e pensava “por que raios ele não assoa o nariz, não seria melhor que ficar com aquela caca?”.

Mas João e seu amigo phlegm não pensavam assim. E, pelo visto, nem sua mãe/pai, pois é impossível que quando ele chegasse em casa aquilo desaparecesse. Seus pais deviam ignorar o fato e mal sabiam como era bem falado o tal do João. Criança é inocente, mas de tão inocente chega a ser ruim. E João era taxado, por quase todos, como João Ranheta. Ninguém cria um filho pra ele ser apelidado de ranheta, e é por isso que não entendia e não entendo até hoje os pais deste pobre menino. E pensar que alguns lenços poderiam ter 'salvo' o garoto.
Saudoso João Ranheta, espero que esteja bem e recuperado..um abraço..

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